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blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, 
blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá,
blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, 
blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá,
blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, 
blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá,

M  E  T  A  F  O  R  I  C  A  M  E  N  T  E
M  E  T  A  F  O  R  I  C  A  M  E  N  T  E
M  E  T  A  F  O  R  I  C  A  M  E  N  T  E
M  E  T  A  F  O  R  I  C  A  M  E  N  T  E
M  E  T  A  F  O  R  I  C  A  M  E  N  T  E
M  E  T  A  F  O  R  I  C  A  M  E  N  T  E
M  E  T  A  F  O  R  I  C  A  M  E  N  T  E
M  E  T  A  F  O  R  I  C  A  M  E  N  T  E
M  E  T  A  F  O  R  I  C  A  M  E  N  T  E
                 F       R     C      M
                 F       R     C      M
                 F       R     C      M
                             F       R     C      M

                    F                           
                                C       
                                      M
                       R               M
                  F          C  
                       R                     M
                 
                        F            
                                     C  
               R            

                           M    



Do Zap Book têm surgido os últimos desenhos que aqui tenho mostrado, para surpresa minha, que não lido bem com cadernos ou diários gráficos: dá-me mais jeito desenhar em folhas soltas, talvez por serem isso mesmo, soltas, e de tamanhos variados. 
A tinta da china, alguma chuva metafórica e tinta acrílica q.b. (para tornar mais espesso) assim se vão seguindo as páginas... como um livro que se escreve... cada uma delas é ela própria, mas por vezes andam em pares, outras vezes comunicam à distância umas com as outras...
As imagens que se seguem são mesmo a capa e a contra capa do caderno, que tem 2cm de espessura, ...

... a pintura na contra capa é do Vicente que usa como técnica o entornar copos e recipientes com tinta, o famoso "droping-paint", técnica que os gatos tão bem conhecem.

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algumas páginas em negativo:




A
GGG
RRRRR
IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII
LLLLLLLLLLLLLL
HHHHHHHHHHHHHH
OOOOOOOOOOOOOOOOO
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
DDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDD
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO

Porque é que não me contas uma estória?

"A rapariga na praia"

(Il Deserto Rosso - Michelangelo Antonioni)

«Is love the blood of the Universe?»


Visão

Há um país imenso mais real
Do que a vida que o mundo mostra ter
Mais do que a Natureza natural
À verdade tremendo de viver

Sob um céu uno e plácido e normal
Onde nada se mostra haver ou ser
Onde nem vento geme, nem fatal
A ideia de uma nuvem se faz crer

Jaz - uma terra não - não um solo
Mas estranha, gelando em desconsolo
A alma que vê esse país sem véu,

Hirtamente silente nos espaços
Uma floresta de escarnados braços
Inutilmente erguidos para o céu.

5-3-1910

Fernando Pessoa

«Objectivar é criar»


«Ver é talvez sonhar»

Paisagens Imaginárias

«Disse Amiel toda a paisagem é um estado de alma, mas a frase é uma felicidade frouxa de um sonhador débil. Desde que a paisagem é uma paisagem, deixa de ser um estado de alma. Objectivar é criar, e ninguém diz que um poema feito é um estado de estar pensando em fazê-lo. Ver é talvez sonhar, mas se lhe chamamos ver em vez de lhe chamarmos sonhar, é que distinguimos sonhar de ver.»

Óleo s/tela, 2002.

Óleo s/tela, 2002.

"these days"