As cores serão as do tédio (assim como do tédio é a vida).
(Bernardo Soares, no seu quarto ao amanhecer, depois de uma noite de insónia).
«Sou altamente sociável de um modo altamente negativo. Sou a inofensividade encarnada. Mas não sou mais do que isso, não quero ser mais do que isso, não posso ser mais do que isso.»
(Excerto de um excerto do L do D, de Bernardo Soares, datado de 18-9-1931.)
2 comentários:
Olá Catarina!
Estou curioso por ver o resultado e de acordo que, a escolha das cores são sem dúvida bastante importante.
Existem escritos sobre a cor "pardo" e como esta se relaciona tanto com B.Soares como, com todo o ambiente onde se desenrola o L.D.
A cor pardo está normalmente associada àquele papel que se utilizava antigamente para embrulhar coisas de todo o género. Papel pardo... mas há muitas outras cores como tu que sabes muito bem, por isso...
...beijos e bom trabalho.
Olá Chico! Pois é a cor é importante;-). A cor parda é indistinta (à noite todos os gatos são pardos) o que se torna uma dor de cabeça porque parece que começa tudo a ficar da mesma cor -Aaaai! É o que me está a acontecer com estes desenhos do Bernardo Soares no quarto com as «paredes reles».
Beijinhos e obrigado pelo teu comentário!
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